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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Doces Mentiras

Imagem de parejapajarerara.blogspot.com

Como posso me esquecer?
Lembro  de todas as vezes em que você me disse no ouvido palavras doces como o mel ou picantes como as pimentas; sua barba a roçar no meu pescoço, seus beijos, mordidas, sua língua me percorrendo a nuca e sua voz grave nos meus ouvidos a dizer-me o quanto eu o excitava, que somente eu o deixava enlouquecido, isso fazia com que eu me sentisse a mais poderosa das mulheres...
Lembro das vezes em que eu sentada no seu colo, sentia-lhe intumescendo, suas mãos ousadas a me apalpar  e você a me dizer o quanto eu era especial, o quanto eu o fazia sentir-se bem, que eu era a razão do seu viver...
Lembro das noites em claro ao telefone, onde ambos pareciam disputar uma prova de resistência de um reality show imbecil, para ver quem cederia primeiro e desligaria o telefone, e você a me dizer que não conseguia pensar em outra coisa na sua vida, que não fosse eu...
Lembro de como eu me senti feliz, naquela tarde em frente ao mar, o sol se pondo no Arpoador e eu a ouvir você me dizer  que sem mim era impossível viver...
As lembranças do que fomos me ronda as noites a perturbar meu juízo e hoje percebo que não é da sua barba a roçar meu pescoço, não é dos seus beijos, mordidas, sua língua, suas mãos ou eu sentada no seu colo... Não é de nada disso que sinto mais falta.
Do que eu sinto mais falta?
Pergunta!...
Vou dizer assim mesmo. Eu não sabia o que me prendia a você, mas hoje eu sei... Eram as suas mentiras, as mentiras de amor, aquelas que me faziam especial, necessária e a mais linda das mulheres, é disso que eu sinto mais falta.
Eu sei que você não me dirás mais nada disso, até porquê...
Depois que eu jogar a última pá de terra sobre seu corpo, ninguém vai saber que estás aí amarrado e mudo.

Alex Huche

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