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terça-feira, 23 de abril de 2013

Série Pã, O Sátiro - I

Equinócio 

A primavera chegou radiante, 


Perséfone deixara para trás, 


Hades e o seu Reino dos Mortos. 


As flores enfeitavam o caminho 

por onde a deusa passava 


e como sempre, Pã, o deus da alegria, 


Perseguia uma bela ninfa 


que fugia como Siringe. 


Pã se escondera e a vira se transformar 


em uma bela borboleta, 


que voou em sua direção, 


tocou-lhe o rosto, carinhosamente, com suas asas, 


encantado com tamanha beleza, 


ele lhe estendeu a mão, 

mas por capricho ou por receio, 


a borboleta, não pousou na palma da mão do sátiro 


e voou, voou para longe de Pã, 


onde ele não pudesse tocar seu coração, 


sendo assim, 


Pã abriu um sorriso sem graça, 


limpou os seus cascos e partiu. 


Como no equinócio não há prevalência 


entre Apolo ou Diana, 


também não há amor ou desamor 

no coração de Pã. 


O mundo se encanta mais uma vez 


ao ver Perséfone passar acompanhada 


de ninfas, náiades e Pã, 


que "alegremente" dança e ri.

 
Alex Huche

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