Equinócio
A primavera chegou radiante,
Perséfone deixara para trás,
Hades e o seu Reino dos Mortos.
As flores enfeitavam o caminho
por onde a deusa passava
e como sempre, Pã, o deus da alegria,
Perseguia uma bela ninfa
que fugia como Siringe.
Pã se escondera e a vira se transformar
em uma bela borboleta,
que voou em sua direção,
tocou-lhe o rosto, carinhosamente, com suas asas,
encantado com tamanha beleza,
ele lhe estendeu a mão,
mas por capricho ou por receio,
a borboleta, não pousou na palma da mão do sátiro
e voou, voou para longe de Pã,
onde ele não pudesse tocar seu coração,
sendo assim,
Pã abriu um sorriso sem graça,
limpou os seus cascos e partiu.
Como no equinócio não há prevalência
entre Apolo ou Diana,
também não há amor ou desamor
no coração de Pã.
O mundo se encanta mais uma vez
ao ver Perséfone passar acompanhada
de ninfas, náiades e Pã,
que "alegremente" dança e ri.
Alex Huche
.
terça-feira, 23 de abril de 2013
Série Pã, O Sátiro - II
A Chuva e Pã
Ante ao Alfeu, rio de águas puras e cristalinas,
que descem suavemente através da mata
batendo nas folhas, no mato,
rolando as pedras...
Quem poderia imaginar?
Um homem-bode sentado
toca sua flauta mansamente
e a lua brilha ao fundo,
os pássaros quietos o espiam...
Um vento sopra vagarosamente.
As folhas sobem,
os pássaros se agitam
e o Sátiro quieto, espera o encontro.
A lua se esconde trazendo a escuridão,
um vento revolto sopra
em seus cabelos desgrenhados,
trazendo-lhe um cheiro de amor
e de terra molhada anunciando que ela,
a tempestade, estava chegando.
A chuva cobriu o corpo de Pã,
ficaram assim por um bom tempo,
Pã tocando sua flauta
com a chuva banhando seu corpo
e o vento a bailar com as folhas da floresta.
O rio cresceu com as águas da chuva,
desce apressado e às vezes fica manso,
quieto, sereno em busca de Aretusa.
A lua reclamou seu reino noturno
pedindo para voltar.
O vento espantou as nuvens e a chuva se foi.
Pã, de cabeça baixa estendeu o braço
numa tentativa inútil de deter sua partida,
sentindo apenas uma última gota
a beijar-lhe a palma da sua mão,
nesse momento,
o Sátiro sorriu e correu feliz voltando para a mata,
no céu a lua voltou areinar
e o Alfeu continuou a correr em busca do seu amor.
Alex Huche
Série Pã, O Sátiro - III
E na Arcádia...
Pã, mais uma vez,
em confusão amorosa.
Sátiro tolo,
Atormentado por Eros,
não sabe o que é amar.
Corre Pã,
corre atrás da tua amada
ou corre para os teus sonhos,
só não fique parado.
Vai bode velho!
Vai se foder!
Alex Huche
Pã, mais uma vez,
em confusão amorosa.
Sátiro tolo,
Atormentado por Eros,
não sabe o que é amar.
Corre Pã,
corre atrás da tua amada
ou corre para os teus sonhos,
só não fique parado.
Vai bode velho!
Vai se foder!
Alex Huche
Série Pã, O Sátiro - IV
Tio Pã
Aquele que brinca de se esconder,
escondendo-se em si mesmo.
É o que se ferra com as malditas(amadas)
flechas de eros.
Aquele que observa o momento certo de agir,
enquanto age.
Aquele que como homem, caminha.
Não raramente, tropeça nas pernas de bode
e cai, tal qual a um menino que pede colo.
Que ao som de sua flauta percorre florestas
muitas vezes solitário.
Vai, continue a tocar!
Sua flauta não toca notas,
mas palavras que encantam.
Pamela Koré
Aquele que brinca de se esconder,
escondendo-se em si mesmo.
É o que se ferra com as malditas(amadas)
flechas de eros.
Aquele que observa o momento certo de agir,
enquanto age.
Aquele que como homem, caminha.
Não raramente, tropeça nas pernas de bode
e cai, tal qual a um menino que pede colo.
Que ao som de sua flauta percorre florestas
muitas vezes solitário.
Vai, continue a tocar!
Sua flauta não toca notas,
mas palavras que encantam.
Pamela Koré
Série Pã, O Sátiro - V
Recomeço de Pã
Por milênios, Pã tocou em Siringe,
contra a sua vontade, belíssimas canções
que encantaram tantas mulheres por todo esse tempo.
Agora o Deus Sátiro se revoltou,
pois o que ele mais queria
era ser feliz e amado,
Por trás de toda alegria de Pã
havia um olhar triste e terno.
O mundo percebeu que parte do encanto
Da vida se perdeu, pois, Pã
Simboliza o universo,
a natureza humana e divina, Tudo.
Agora com o coração frustrado,
resolve deixar Siringe para trás,
mas com isso perde parte de si,
já que sua música nunca mais soará nas matas.
Febo num ato vingativo e de desdém,
por Pã o ter vencido numa disputa musical,
tripudia sobre o ânimo do Deus, iluminando-o,
para que todos possam ver sua tristeza.
Ah, pobre Pã!
Sentado, sobre uma grande rocha,
faz pouco caso de Apolo,
que guiando o carro solar segue a humilhá-lo
Diana, se apiedando do Sátiro,
se interpôs entre Apolo e Pã,
criando um enorme eclipse.
Muitos juravam ser o fim do mundo,
foi então que Pã diante de tal absurdo,
ergueu a cabeça,
Com as mãos eriçou os cabelos na fronte e sorriu,
pois não conseguia se conter
ao ver as pessoas assustadas
e lembrou de suas brincadeiras.
De súbito, o nobre Deus, salta,
sorri e corre para a floresta,
onde encontra uma bela ninfa
e sente o coração reaquecido.
Escondido nas moitas,
Pã a contempla, com um sorriso nos lábios
pronto pra se mostrar.
Alex Huche
Por milênios, Pã tocou em Siringe,
contra a sua vontade, belíssimas canções
que encantaram tantas mulheres por todo esse tempo.
Agora o Deus Sátiro se revoltou,
pois o que ele mais queria
era ser feliz e amado,
Por trás de toda alegria de Pã
havia um olhar triste e terno.
O mundo percebeu que parte do encanto
Da vida se perdeu, pois, Pã
Simboliza o universo,
a natureza humana e divina, Tudo.
Agora com o coração frustrado,
resolve deixar Siringe para trás,
mas com isso perde parte de si,
já que sua música nunca mais soará nas matas.
Febo num ato vingativo e de desdém,
por Pã o ter vencido numa disputa musical,
tripudia sobre o ânimo do Deus, iluminando-o,
para que todos possam ver sua tristeza.
Ah, pobre Pã!
Sentado, sobre uma grande rocha,
faz pouco caso de Apolo,
que guiando o carro solar segue a humilhá-lo
Diana, se apiedando do Sátiro,
se interpôs entre Apolo e Pã,
criando um enorme eclipse.
Muitos juravam ser o fim do mundo,
foi então que Pã diante de tal absurdo,
ergueu a cabeça,
Com as mãos eriçou os cabelos na fronte e sorriu,
pois não conseguia se conter
ao ver as pessoas assustadas
e lembrou de suas brincadeiras.
De súbito, o nobre Deus, salta,
sorri e corre para a floresta,
onde encontra uma bela ninfa
e sente o coração reaquecido.
Escondido nas moitas,
Pã a contempla, com um sorriso nos lábios
pronto pra se mostrar.
Alex Huche
Assinar:
Postagens (Atom)